07 setembro 2012









Para um amigo tenho sempre um relógio 
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.










António Ramos Rosa









5 comentários:

  1. Um poema por dia :)

    "estamos encostados a uma roulotte bebemos sangria
    conversamos enquanto queimamos a noite
    junto ao mar
    o vento fresco surpreende-nos com as mãos nervosas
    em redor dos copos embaciados a ternura dum olhar
    não chega para iludir a embriaguez dos amores imperfeitos
    sei que possuis ainda alguma juventude nesse sorriso
    eu já só embebedo os lábios viciados pelas palavras
    pouco tenho a dizer-te..."

    Al Berto

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  2. que sorte, ter um amigo destes! :)

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  3. obrigado pelo poema... fez-me bem :)

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  4. E para quando um novo poema? Fazem-me bem :))

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